pelo andar
Assim que te vi, pelo andar,
percebi que os teus olhos carregavam esperança,
que é o que me ofereces em troca de um momento teu.
- A troca de amor por uma madrugada de palavras partilhadas -
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Assim que te vi, pelo andar,
percebi que os teus olhos carregavam esperança,
que é o que me ofereces em troca de um momento teu.
- A troca de amor por uma madrugada de palavras partilhadas -
Espero sempre que seja a tua voz como espero sempre que seja o mar,
nesta demora aguardo a tua voz que cala a minha.
Espero-te mesmo sentindo que a espera é demorada,
enquanto me demoro nesta saudade, presença desta espera.
sílaba por sílaba soletrada, sou por inteiro - intuição -
Gosto de poetas porque não morrem,
Gosto de poetas que de nada sabendo de amor,
São quem mais decidem amar.
Mansamente,
o desejo de que a ilha tivesse invadida apoderou-se de mim,
ver-te,
já era alegria no meu peito,
um dia desafiei-te a “desdançar”,
acedeste embelezada por teus lábios de sorriso,
mais tarde,
o teu nome ficou por metade segredado à outra metade,
agora,
as mãos já não são somente mãos dadas,
o peito,
já não é apenas peito abraçado,
o desejo é:
- que mansamente as encantadas madrugadas habitadas de palavras e vida partilhada, sejamos nós -
um dia,
dissemos sim como a moça mais linda do bairro operário aconteceu no poema que cantámos dedilhado,
agora,
sobrevivemos à saudade guardando o tempo num abraço e caminho velado.
Mansamente, estrela, mansamente!
a poesia são mágoas de alegria,
desencanto transformado em caminho,
mar de sal sem tamanho.
A vida não tem acerto ou erro, mas possui apropriadas ou desadequadas posições, é esse o risco de viver, é esse igualmente o desafio de estar vivo.
Sou o poder de alterar posições.
Sinto-te,
em cada palavra com que me inventas de mim mesmo,
em cada poema desenhado que perfumas como rosas de maio,
em cada sorriso revolto de um mar de vontade.
Sinto-te,
em cada desabafo com que me desassossegas e acalmas,
em cada sonho que cuido,
em cada compasso desordenado do meu coração.
Sinto-te,
Na melodia incandescente de uma valsa em ré menor,
em cada descoberta que me arrepia ao pensar-te.
Sinto-te,
em cada pedaço de saudade que me toca,
em todas as recordações cravadas do meu peito no teu,
de todas as vezes que as minhas mãos inquietas se deram às tuas.