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Cardilium

Cardilium

maldita desdita

“… As tuas mãos labirínticas. O bairro desfalecido. A Inês que deixou de ser mulher para ser o Ricardo. O pré-conceito dilacerante e obstinado. O mar entediado com a maledicência. O Ricardo frágil. A Inês quase forte. Gosto dos dois que um pénis não altera o meu gostar. A coragem vive mais do que a cobardia. Os drogados não se importam com a Inês, Os alcoólicos desimportam-se com o Ricardo e, se ele pagar um copo, podem até dizer: “ - eu não sou, mas tenho um amigo que é …”.  A Inês, tem uma amiga e um amigo que são. São os dois no mesmo corpo: - paixão, coragem, mãe, madrugada, esperança, mundo, solidão e magnificência – mas são do verbo ser, antes mesmo da maldita desdita …”